Association of Age, Education, and Cognition with Digital Health Literacy in Older Adults

Anna Karla Oliveira Tito Borba, Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano, Carla Cabral dos Santos Accioly Lins, Vanessa Lima Silva, Joana Alves da Mata Ribeiro, Tamires Nascimento

Abstract


Propósito: O advento da transformação digital apresenta vários desafios, com a literacia digital em saúde a servir como ferramenta no contexto da promoção digital da saúde. A literacia em saúde digital (eHealth literacy) engloba as competências e conhecimentos essenciais para que os indivíduos interajam com as tecnologias de saúde de forma eficaz, permitindo-lhes abordar e resolver questões relacionadas com a saúde (Faux-Nightingale et al., 2022). Este estudo tem como objetivo investigar a associação entre idade, escolaridade, cognição e letramento digital em saúde entre idosos atendidos na atenção primária à saúde. Método: Um estudo analítico transversal foi realizado em 2023 com idosos residentes na comunidade em Recife, Pernambuco, Nordeste do Brasil. A alfabetização em saúde digital foi avaliada por meio da eHealth Literacy Scale adaptada para o Brasil (eHEALS-Br), medindo as habilidades percebidas dos indivíduos para encontrar, avaliar e aplicar tecnologias de informação a problemas de saúde, com escores que variam de 8 a 40 pontos e classificações baseadas no nível educacional (Mialhel et al., 2023). Idade, escolaridade e cognição também foram avaliadas por meio do Cognitive Screener de 10 pontos (10-CS) (Apolinário et al., 2016). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. Resultados e Discussão: Participaram 311 idosos, com média de idade de 69,8 anos, sendo que a maioria vivia sem companheiro (58,5%). O baixo letramento em saúde digital foi mais prevalente (47,6%) e associou-se à escolaridade (p=0,001) e cognição (p=0,004). A idade não influenciou significativamente a alfabetização em saúde digital. Apesar de a maioria ter mais de 9 anos de estudo, persistiu a baixa literacia digital em saúde, possivelmente devido a dificuldades de acesso e compreensão da informação no ambiente digital. A ausência de déficits cognitivos impactou positivamente a alfabetização em saúde digital, com resultados satisfatórios quanto ao uso de tecnologias para estimulação cognitiva (Viviani et al., 2023). Assim, intervenções que promovam a inclusão digital por meio da alfabetização em saúde digital podem ajudar a reduzir a infodemia e potencialmente ter impactos positivos na memória e na cognição.


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