Association of Age, Education, and Cognition with Digital Health Literacy in Older Adults
Abstract
Propósito: O advento da transformação digital apresenta vários desafios, com a literacia digital em saúde a servir como ferramenta no contexto da promoção digital da saúde. A literacia em saúde digital (eHealth literacy) engloba as competências e conhecimentos essenciais para que os indivíduos interajam com as tecnologias de saúde de forma eficaz, permitindo-lhes abordar e resolver questões relacionadas com a saúde (Faux-Nightingale et al., 2022). Este estudo tem como objetivo investigar a associação entre idade, escolaridade, cognição e letramento digital em saúde entre idosos atendidos na atenção primária à saúde. Método: Um estudo analítico transversal foi realizado em 2023 com idosos residentes na comunidade em Recife, Pernambuco, Nordeste do Brasil. A alfabetização em saúde digital foi avaliada por meio da eHealth Literacy Scale adaptada para o Brasil (eHEALS-Br), medindo as habilidades percebidas dos indivíduos para encontrar, avaliar e aplicar tecnologias de informação a problemas de saúde, com escores que variam de 8 a 40 pontos e classificações baseadas no nível educacional (Mialhel et al., 2023). Idade, escolaridade e cognição também foram avaliadas por meio do Cognitive Screener de 10 pontos (10-CS) (Apolinário et al., 2016). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. Resultados e Discussão: Participaram 311 idosos, com média de idade de 69,8 anos, sendo que a maioria vivia sem companheiro (58,5%). O baixo letramento em saúde digital foi mais prevalente (47,6%) e associou-se à escolaridade (p=0,001) e cognição (p=0,004). A idade não influenciou significativamente a alfabetização em saúde digital. Apesar de a maioria ter mais de 9 anos de estudo, persistiu a baixa literacia digital em saúde, possivelmente devido a dificuldades de acesso e compreensão da informação no ambiente digital. A ausência de déficits cognitivos impactou positivamente a alfabetização em saúde digital, com resultados satisfatórios quanto ao uso de tecnologias para estimulação cognitiva (Viviani et al., 2023). Assim, intervenções que promovam a inclusão digital por meio da alfabetização em saúde digital podem ajudar a reduzir a infodemia e potencialmente ter impactos positivos na memória e na cognição.
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